Seguro de viagem é aquilo que você paga e não quer usar de jeito nenhum. Se precisar de
usar, significa que algo não correu bem como deveria e por isso, é preciso
tê-lo sempre a mão quando houver um acidente, uma doença, um extravio de
bagagem ou mesmo um atraso de vôo. Conforta, ajuda e reduz o prejuízo!
As opções
existentes são Seguro Viagem ou Assistência de Viagem, veja a
diferença entre elas:
·
Seguro Viagem: a cobertura é por evento, ou seja, o segurado tem direito ao valor
integral do plano em cada situação e não há limite de idade. Cobre qualquer
tipo de esporte de risco.
·
Assistência de Viagem: existe um limite na cobertura, que é descontado conforme a circunstância
e o usuário com mais de 60 anos pode ter de pagar até 50% a mais no valor do
serviço. Em termos de esporte, apenas cobre a prática de esqui, nada mais radical do que isso.
Obviamente que a cobertura mais completa é o melhor, entretanto pode
pesar no bolso, principalmente se a viagem for longa. Costumo usar a seguinte
linha de pensamento:
·
Para pessoas saudáveis de até 40
anos: uma boa
cobertura para casos de acidente (e consequências) é o suficiente. Assim, a
opção mais acertada é a assistência de viagem.
·
Para pessoas acima de 40 anos ou com
algum histórico de saúde que necessita de supervisão constante: uma boa cobertura para qualquer
necessidade. De um simples resfriado até casos mais graves.
Quem viaja para a Europa ocidental, especificamente no chamado Espaço
Schengen (Alemanha, Áustria, Bélgica,
Dinamarca, Espanha, Finlândia, França, Grécia, Itália, Islândia, Holanda,
Luxemburgo, Noruega, Portugal e Suécia) tem que ter seguro com assistência
médica mínima de 30 mil euros. Este é um dos requesitos obrigatórios de entrada
nos países listados.
Muitos seguros também tem cobertura para extravio de bagagem e
cancelamento de viagem, que geralmente rembolsam ao cliente entre USD 500 a USD
2mil. É imprescindível apresentar o número do formulário de reclamação junto à
cia aérea, junto às notas que foram gastas para sua “sobrevivência”naquele
período. Fique atento ao limite da seguradora.
Geralmente os seguros funcionam assim: Quando você precisar de alguma
ajuda para algum mal estar ou problema de saúde, você contacta o toll free da
seguradora (se tiver contratado o seguro no Brasil, você terá atendimento em
português ou espanhol) e eles lhe darão a opção de ser atendido por um médico
que vai até o seu hotel ou então ser encaminhado (ou recomendado) até algum
hospital nas proximidades de onde você está.
Parece simples, mas na hora do desespero ou da preocupação, parece uma situação difícil e interminável! Então, você já sabe. Basta manter a calma que após seu chamado, você terá o atendimento médico entre 2 a 4 horas. Se o caso for realmente grave, é melhor que vá direto ao hospital e receba atendimento imediato. Neste caso, você faz o pagamento direto e depois apresenta a nota fiscal para a seguradora solicitando o reembolso (veja no site delas como proceder, geralmente é preciso preencher um formulário).
Por mais que as seguradoras e os pacotes escolhidos possam ser
confiáveis, é importante lembrar que existe todo tipo de gente no mundo. Alguns
médicos podem querer tomar vantagem da situação e recomendar uma bateria de
exames desnecessários só para engordar a conta. O atendimento remunerado por
seguros-viagem é geralmente muitas vezes superior ao pago na região, sobretudo
quando é à domicílio e assim, muitos médicos acabam perdendo a ética e exploram
a seguradora (e consequentemente o paciente) em benefício próprio.
Você pode até pensar que mal há em fazer alguns examezinhos? Mas
lembre-se que você está em viagem e seu tempo é sagrado! Quer fazer um check
up? Faça quando voltar ao Brasil, não quando está em viagem, sobretudo no
exterior.
Um fato desagradável aconteceu conosco. Estávamos em Budapeste, na
Hungria, e minha mãe já reclamava de fortes dores no abdômen há dois dias. No
final do 2º dia acionamos o seguro e 4 horas depois recebíamos o médico húngaro
em nosso hotel. Depois de alguns exames de toque na barriga, o médico chegou a
conclusão que minha mãe estava tendo uma apendicite e que deveria ser internada
com urgência no hospital. A ambulância rompeu o silêncio da madrugada chuvosa
em Budapeste e em poucos minutos chegávamos num hospital sombrio, com ares
comunistas da 2ª Guerra Mundial. As luzes foram acessas e um médico sonolento
veio nos atender. Este novo médico e o anterior chegaram a conclusão que minha
mãe deveria ser operada naquele mesmo instante – à propósito ela já se sentia tão bem que não
mais se lembrava das dores que havia sentido. Obviamente, fomos relutantes ao
parecer do médico. Minha mãe poderia estar com úlcera ou queimação no estômago,
mas não uma apendicite perdurante por 2 dias! Por fim, os médicos me fizeram
assinar uma carta de total responsabilidade pela vida da minha mãe e disseram
que ela somente poderia ser liberada após uma bateria de exames (sangue, raio-X,
ultrassom, endoscopia)!
Já eram 9 da manhã quando retornamos ao hotel. Foi uma noite
interminável de mímicas e muito suspense. Voltamos com os resultados dos exames
para o Brasil, mas nenhum médico conseguiu decifrar o Magiar, o idioma dos
Húngaros. Hoje o ocorrido é motivo de risada. Depois deste incidente, minha mãe
já utilizou os serviços do seguro em Dubai e em Bangkok, ambos foram
satisfatórios.
Fica a dica: caso receba um parecer do médico duvidoso, analise a situação, troque uma idéia com algum parente, ligue para o médico de rotina no Brasil. Em último caso, peça ao seguro que envie outro médico.
Não fique na dúvida, faça o seu seguro viagem ou assistência de viagem!
Já dizia o dito popular: seguro morreu de velho...
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Oi Fe, ótimo esse post! Vou encaminhar agora como referencia para algumas pessoas que sempre me perguntam. Show! Bjsss
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